terça-feira, 7 de janeiro de 2020

A garota que acreditava no amor

Um dia ela teve um sonho de que encontraria alguém que a amaria exatamente como ela era. Sabia que apesar do mundo estar um caos, em algum lugar haveria uma pessoa sonhadora e que também acreditava no amor.

Andando na rua principal da cidade, percebeu diversos casais, cada um com suas peculiaridades, tinha gente de todas as tribos e idades, havia algo semelhante em todas elas: o brilho de admiração nos olhos de cada uma para seu companheiro(a). Ela percebeu então, que por mais peculiar que fosse seu jeito, suas manias e beleza, não seria impossível amar alguém que também fosse perfeito dentro de suas imperfeições.

Continuou seu caminhar rumo à floricultura. Havia um motivo para ela comprar flores, não era aniversário, morte e nem nascimento. Era amor próprio! Com o passar dos anos entendeu que antes de querer que alguém chegasse em sua vida, deveria cultivar o amor por si mesma.

Seu objetivo era aprender a ser completa ao invés de esperar uma pessoa que a completasse. Era dona de si mesma, conhecida por todos do seu meio social, garota do riso sincero, da amizade fácil. Sonhadora e romântica, mesmo já tendo se quebrado várias vezes pela decepção, nunca deixara de acreditar.

Quando chegou na loja, uma vendedora veio perguntar quais flores ela queria. Respondeu que queria um único Girassol, sua flor preferida. A vendedora sorriu e disse estar impressionada, as pessoas não tinham o hábito de comprar flores para si mesmas. A garota percebeu um pouco de dó naquele olhar, mas não se incomodou. Sabia que chegaria o dia que ganharia uma dúzia de Girassóis de um moço que a conquistasse de verdade. 

No seu ciclo de amizades muitos já eram casados ou namoravam. Ela conviveu com relacionamentos repletos de paixão, mas também com violentos e cheios de desavenças. Ainda assim existia dentro dela uma faísca de esperança, que a envolvia com a fé de um futuro glorioso.

Seu coração era tão sincero, teus planos tão repletos de amor, ela tinha noção do seu valor e não entregaria seu amor à qualquer um. Ela transbordava carinho e tinha um caderno onde escrevia um monte de sonho bom.

(Continua...)

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