terça-feira, 28 de janeiro de 2020

A garota que acreditava no amor 2


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Continuação...

Um dia ela acordou inspirada, o sol entrava pela janela do quarto e iluminava até mesmo sua alma. Quando ela levantou e foi até o quintal, admirou o céu azul e as flores que estavam começando a brotar no jardim. Sentiu o vento tocar seus cabelos e uma energia boa tomou conta do ambiente.
Resolveu então pegar seu caderno e escrever um sonho que permanecia na sua mente mesmo quando ela estava acordada. Era sobre o amor da vida dela, que ela nem sequer sabia quem era. Esse sonho era assim:

Havia um homem que ela tinha conhecido num domingo qualquer, quando saiu para ir á feira, num dia da Primavera. Ela estava escolhendo cactus e suculentas quando ele se aproximou e perguntou se ela poderia sugerir quais espécies davam flor. Explicou a ele que todos os cactos florescem, alguns demoram mais do que outros, e que essa beleza só será contemplada se receber um cuidado repleto de amor. Ele sorriu e agradeceu, disse que era um fotógrafo apaixonado pela natureza e a convidou para tomar um café na padaria que tinha ali perto. Era de manhã, ele tinha uma beleza peculiar, fora dos padrões da sociedade, seus olhos brilhavam quando ele sorria. Ela aceitou o convite, eles pagaram pelas plantinhas e juntos foram tomar o café.
Quando chegou o Outono, eles começaram a namorar. Ela que sempre soube ser feliz sozinha, encontrou alguém para dividir sua felicidade, juntos eles faziam com que todo sentimento bom transbordasse em seus corações, seus dias eram ainda melhores do que eles imaginavam que poderia ser possível. 
Ele era tão sonhador quanto ela, rapaz do riso fácil, do abraço apertado e que conquistava todos por onde passava, seu carisma era uma das suas maiores qualidades. Diferente dela, ele era engraçado, muito bem humorado e sempre a fazia dar as melhores risadas.
Quando eles se abraçavam ela sentia um amor tão grande, do jeito que ela merecia. Em uma tarde debaixo de uma árvore que perdia suas folhas, eles se beijaram. Era como se o tempo parasse, os corações se tocavam acelerados, enquanto ele passava os dedos pelos cabelos dela, ela sentia um frio  gostoso na barriga, a química entre eles era boa, eles estavam apaixonados.
Aquele homem chegou pra apagar todas as experiências ruins que ela já tinha vivido, ela era sua maior inspiração, e ele era o motivo pelo qual ela escrevia sobre o amor.
Eles pareciam ter saído de um filme antigo, gostavam de fazer piquenique, andar de mãos dadas, dividir o sorvete e se beijavam como se o mundo fosse acabar no dia seguinte. Eram um casal piegas, e cheios de fé.
A campainha tocou, ela soltou a caneta e deixou pra continuar a escrever esse sonho depois. Seu coração estava saltitante, era como se ele quisesse lhe dizer que aquele sonho logo se tornaria real. Ela fechou o caderno e esperou pelo dia que teria outro sonho tão bom quanto esse.
Enquanto não acontecesse, seguiria acreditando que esse homem não seria apenas um sonho. Mal sabia ela que ele estava mais perto do que ela imaginava.

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